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Pesquisa Científica: O Papel do Engenheiro Florestal

Sabemos que com o avanço da tecnologia tornou-se viável e indispensável o investimento na pesquisa científica, visando o melhoramento e o desenvolvimento de novas práticas e tecnologias que contribuam para o avanço técnico científico.


O engenheiro florestal tem uma papel vital neste avanço, sendo esse profissional responsável por uma importante parcela do desdobramento dessas tecnologias. Visto isso, torna-se clara a necessidade de conhecer quais as dificuldades e por quê contribuir com a pesquisa científica na academia.



Em uma entrevista com o professor e pesquisador da UFRRJ, Dr. Marco André Alves de Souza, foram relatados alguns pontos de suma importância acerca do tema:

"Sou credenciado no Programa de Pós Graduação em Química e no Programa de Pós Graduação em Ciências Ambientais e Florestais, nos dois programas eu mantenho duas áreas de trabalho: uma que envolve metabolismo e uma área que envolve plantas aromáticas e medicinais [...] Uma das maiores dificuldades que eu tenho para viabilizar o meu trabalho, em parte, é o financiamento e mão-de-obra qualificada - alunos realmente interessados em desenvolver trabalhos nesta área. A maior parte dos alunos visam mais quando o projeto tem alguma bolsa e infelizmente não temos bolsa para todos [...] O que eu preciso dos alunos é dedicação com a pesquisa; eu tive um professor que dizia que só se aprende química dentro de um laboratório e estou convencido de que realmente se aprende muito na prática para exercer a teoria [...] Eu aprendi química dentro do laboratório, falo isso o tempo todo para os meus alunos. Acho que em toda profissão, o estágio é importante para fortalecer o conhecimento [...] Tem os alunos que vão para academia, que vão fazer mestrado, doutorado e outros que vão para o mercado de trabalho. Para estes alunos, é fundamental fazer estágios [...] Meu desejo é que todos os alunos não deixem de contribuir para as pesquisas e para os laboratórios".


 

O também professor e pesquisador da UFRRJ, Dr. José Carlos Arthur Júnior ressalta:

"Minhas pesquisas têm se concentrado em linhas voltadas para a propagação de espécies florestais, várias delas com algum nível de ameaça de extinção. Entre as principais linhas posso destacar a reciclagem de resíduos agroindustriais, domésticos e orgânicos para composição de substratos e de recipientes para produção de mudas [...] Eventualmente desenvolvemos algumas pesquisas pontuais de interesse de estudantes que nos procuram, principalmente relacionado a temática de arborização urbana. Para trabalhar com pesquisa é preciso reunir um conjunto de fatores: ter uma boa infraestrutura, equipamentos, insumos e principalmente pessoas interessadas. Daí a importância de incentivar estudantes a ingressarem na área acadêmica e compor as equipes de pesquisa dos professores da universidade [...] Enfrentamos uma série de limitações e a cada dia menos recursos são aportados nas universidades, principalmente na pesquisa. Julgo que a maior dificuldade que enfrentamos hoje é a falta de incentivo, não só do ponto de vista financeiro. Infelizmente a falta de visão da importância da pesquisa para o desenvolvimento de um país, é um grande retrocesso que nos aflige na atualidade."




Visto isso, torna-se claro a necessidade do melhoramento da infraestrutura e mão-de-obra qualificada e verdadeiramente empenhada na pesquisa, visando o aumento da produção científica e a formação de profissionais capacitados, que levarão a pesquisa na academia a um novo nível, provando mais uma vez a importância e a força que existe nas universidades em relação à ciência.



 


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