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A prática da Horticultura e o impacto na Qualidade de Vida

Atualizado: 2 de fev. de 2021


 

Estamos cada vez mais habitando ambientes urbanos e consumindo produtos industrializados. Essa mudança no estilo de vida e hábitos alimentares leva ao aumento de casos de doenças cardiovasculares, diabetes mellitus tipo 2, depressão e ansiedade. Além disso, tais práticas aumentam os impactos ambientais, como a geração de lixo em grandes quantidades.


Contudo, estudos apontam que a prática de horticultura, técnica de cultivar hortas e jardins que inclui confeccionar canteiros, adubar, regar, realizar o plantio e a colheita, pode auxiliar no combate de doenças, como as citadas, além de agir na redução de lixo produzido através da compostagem.


O cultivo de plantas pode funcionar como terapia e isso já é percebido desde séculos atrás, nos belos campos de agricultura da Mesopotâmia e também nos jardins Persas, planejados para satisfazer todos os sentidos. Além disso, durante a Idade Média, jardins monásticos eram usados para produção de plantas medicinais e para os doentes habitarem e se recuperarem.


Mais recentemente, no fim do século XVIII e século XIX, hospitais e asilos encorajavam seus pacientes a irem a jardins como distração às suas doenças. Já na década de 1940, o governo dos Estados Unidos da América, estabeleceu hospitais para veteranos para tratar dos feridos em guerra e foi percebido que o trabalho com plantas nos jardins desses hospitais resultou em grandes melhoras no estado mental, emocional e físico destes pacientes.


Sendo assim, os benefícios da horticultura vão além da beleza, cheiros e cores, dentre eles temos:


  • Redução do estresse e ansiedade: os elementos da natureza reduzem o estresse e a ansiedade, pois são distrativos e exigem menos dos sentidos que os ambientes urbanos, logo, eles oferecem recuperação e uma pausa no esforço mental. O simples fato de estar em natureza ou ver plantas e jardins já causa relaxamento. Além disso, a rotina diária de semear e regar as mudas durante dias até ver algum resultado, ajuda a reduzir o estresse. Há estudos que demonstram através de medições de resposta ao estresse, como pressão arterial e batimentos cardíacos, que estar em contato com a natureza auxilia nesta redução e na regulação das emoções;


  • Redução da depressão: as pessoas respondem positivamente à natureza, pois de uma perspectiva evolutiva, seres humanos são atraídos a elementos naturais como plantas, árvores e água, que não são só esteticamente atraentes, mas puderam também aumentar a sobrevivência da nossa espécie no passado, sendo assim, os humanos evoluíram com a capacidade de preferir e responder positivamente a natureza;


  • Benefícios para o coração e combate a diabetes: a horticultura faz com que o indivíduo se torne mais ativo, além de reduzir os níveis de estresse, assim ajuda na prevenção de doenças cardíacas, diabetes e obesidade. Os alimentos cultivados são nutritivos, de qualidade e podem também ser consumidos, sendo uma opção melhor que os alimentos processados;


  • Regulação do sono: jardins em ambientes externos oferecem acesso a ar fresco, luz solar e exercício, o que ajuda a regular o ritmo circadiano que regula o sono e apetite, além de reduzir o estresse e níveis de ansiedade, melhorando a qualidade do sono;


  • Redução da solidão: o cultivo de uma horta ou jardim dá às pessoas propósito e esperança, já que se torna uma responsabilidade manter as plantas vivas e oferecer as condições para que cresçam saudáveis;


  • Melhora na autoestima: ao se cultivar plantas saudáveis a pessoa se vê útil e capaz, o que melhora a autoestima.


As vantagens são muitas, a horticultura aproxima o indivíduo do ambiente natural trazendo benefícios psicológicos, físicos e sociais. Os jardins e hortas são, portanto, ambientes de relaxamento, onde quem pratica a horticultura é ativo na melhoria da sua qualidade de vida.


Deve-se ressaltar que, ao contrário do pensamento de alguns, para praticá-la não é preciso ter um grande espaço verde. Existem alternativas, como as hortas verticais, hortas em sacadas, cozinhas, peitoril da janela, entre outras, a única exigência é que haja certa incidência luminosa, sendo então possível utilizar pequenos espaços, até mesmo dentro de casa.


Iniciar a horticultura no ambiente doméstico é unir o útil ao agradável, pois esta atua como forma de terapia, permitindo a melhora do bem-estar físico e emocional, além de ser uma maneira de produzir e consumir produtos orgânicos.

 

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