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Secagem da madeira: Saiba a importância desse processo

Atualizado: 12 de mai. de 2021



A secagem da madeira visa à redução do teor de umidade que varia conforme o uso final do produto.


A umidade na madeira pode causar apodrecimento, contrações, bolhas, mofo, fungos e o aparecimento de cupins de madeira úmida, por exemplo.


Os objetivos da secagem são: reduzir a movimentação dimensional; inibir os ataques de fungos; melhorar a trabalhabilidade e aumentar a resistência física da madeira.



1. Como secar a madeira


As principais formas e mais utilizadas para secar a madeira são: ao ar livre ou de forma artificial, em estufas (com temperatura e umidade controladas) ou com ventilação forçada.



2. Secagem ao ar livre


Deve ser realizada em locais abertos, empilhando as tábuas espaçadas entre si de modo a permitir que o ar circule entre as peças e diminua sua umidade.

A secagem ao ar é comumente utilizada em empresas para realização da pré-secagem de modo a otimizar o tempo de secagem em estufa.


Em regra geral, nos primeiros 15 dias a madeira perde quase 50% do seu teor de umidade, contudo depende dos seguintes fatores: espécie; espessura das peças; direção de corte; clima e sítio; e estação do ano.


O ponto mais importante da secagem ao ar está na montagem da pilha de madeira que deve ser realizada com seguintes cuidados: isolamento do solo, alinhamento das peças e cobertura adequada.


3. Formas de empilhamento

A montagem das pilhas requer alguns cuidados como: usar preferencialmente pranchas de mesmas dimensões, mesma espécie e mesmo teor de umidade inicial;


As bases ou fundações servem para dar apoio estável e plano para as pilhas e provir um espaço vazio entre o solo e a pilha para permitir a saída do ar descendente, úmido e frio; e devem permitir um espaço livre de no mínimo 40 cm de altura sobre o solo.


3.1. Empilhamento Horizontal


Imagem 3 - Representação de pilha horizontal
Imagem 4 - Pilha horizontal coberta

Imagem 5 - Representação e imagem de pilha em triângulo

Imagem 4 - Representação de empilhamento
imagem 6 - Pilhas alocadas

3.2. Empilhamento Vertical

Imagem 7 - Representação de pilha em cavalete

Imagem 8 - Pilha em cavalete


3.3. Empilhamento Oblíquo


Imagem 9 - Representação de pilha em pé


4. Pátio de estocagem

  • Preferencialmente plano;

  • Seco e arejado (sem construções ou árvores);

  • Tamanho e posição que permitam a estocagem das madeiras;

  • Próximo ao centro de usinagem.

Imagem 10 - Pilhas em pátio de secagem


5. Vantagens da secagem ao ar livre

  • Reduz os riscos de ataques de fungos machadores, já que reduz a umidade da madeira, que é um ambiente proprício a proliferação de fungos;

  • Aumenta a resistência mecânica da madeira;

  • Reduz alterações dimensionais, pois a madeira sofre mudança dimensional quando seu teor de umidade é alterado, contrai-se quando perde umidade e expande-se quando é umedecida;

  • Diminui o peso da madeira e consequentemente reduz os custos de transporte.



6. Desvantagens da secagem ao ar livre

  • Necessita de grandes áreas para estocar e gradear a madeira;

  • Teor de umidade final muito alto limitando em muitos casos o uso;

  • Ocorrência de defeitos devido a falta de controle das condições da secagem;

  • Teor de umidade final mais alto que o da secagem artificial;

  • Impossível controlar as condições ambientais.


7. Secagem artificial: Estufa


A secagem em estufa é utilizada por diversas empresas da área de movelaria, painéis, esquadrias, pisos etc. Esse tipo de secagem é composto por 3 fases distintas:

  1. Aquecimento: é quando ocorre o aquecimento gradativo da temperatura em condições de elavada umidade do ar;

  2. Secagem: etapa em que a madeira irá perder água. Nessa fase, ocorre a elevação lenta da temperatura e diminuição gradativa da umidade do ar dentro da estufa. É necessário o monitoramento para melhor controle da secagem visando a adequação ao programa previamente estabelecido, determinado pelas características da madeira, pois estas influenciam na secagem;

  3. Uniformização: nessa última fase, o objetivo é homogenizar a umidade dentro e entre as peças.

Imagem 11 - Pilhas em estufa

Dentre as vantagens desse tipo de secagem estão: o menor tempo do processo, o maior controle e a obtenção de teores de umidade mais baixos, porém há desvantagens como o maior custo de implantação desse sistema e de operação do equipamento.



8. Secagem artificial: Ventilação forçada


A secagem forçada tem a característica de se basear no uso de ventiladores presentes em pátios ou galpões, muitas vezes acompanhados de sistemas de aquecimento, que objetivam diminuir o tempo de secagem das madeiras empilhadas.


A ventilação forçada somente é eficiente quando a umidade relativa do ar, passando

através da pilha, é inferior a 90%. Acima disso os ventiladores devem ser desligados.


Existem em operação algumas instalações onde os ventiladores são controlados por umidostatos, que os ligam e desligam de acordo com a umidade do ambiente.


Neste método de secagem, a madeira deve ser empilhada ou gradeada do mesmo

modo que para secagem ao ar livre ou para secagem em estufa.


Imagem 12 - Ventiladores em galpão aberto
imagem 13 - Representação de pilha de madeira com ventiladores entre fileiras



Por fim, vale ressaltar que o processo de secagem de madeira permite ótimo resultado no tratamento preservativo da mesma, aumentando sua resistência e durabilidade por até 20 anos, dependendo do seu uso.


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Fontes:

SECAMAQ. Acesso em 16 de abril, 2021;

FAIDIGAMADEIRAS. Acesso em 16 de abril, 2021;

REVISTA DA MADEIRA. Acesso em 16 de abril, 2021;

MIL INDUSTRIAS. Acesso em 16 de abril, 2021;

MADEIRA UFPR. Acesso em 16 de abril, 2021;

SECAGEM DA MADEIRA UFRRJ. Acesso em 16 de abril, 2021.


Imagem 1, 6 e 8 - http://www.madeira.ufpr.br/; Imagem 2 - https://sistemas.uft.edu.br/; Imagem 3 - saberunioeste.com.br; Imagem 7 - https://www.madeiratratada.com; Imagem 9 - https://referenciaindustrial.com.br/; Imagem 10 - https://www.ekitherm.com.br/; Imagem 11 e 12 - Imagens extraída de material disponibilizado na disciplina de secagem da madeira da UFRRJ. AcessoS em 16 de abril, 2021.


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