Você sabe identificar uma Madeira de Qualidade?

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A madeira é um dos materiais de utilização mais antigos da nossa história. Atualmente podemos ver a madeira rodeando nosso dia a dia e sendo utilizada para diferentes fins, como por exemplo, em construções civis, móveis, utensílios domésticos, instrumentos musicais, esculturas e em outras diversas atribuições. Mas você sabe o que é uma madeira de qualidade? Como identificar? Hoje a Flora vai te explicar, vem com a gente!

A qualidade da madeira se refere à sua capacidade para preencher os requisitos necessários na fabricação de um produto, ou ainda, a combinação das características físicas, químicas e anatômicas de uma árvore ou de suas partes que permitam a melhor utilização da madeira para um determinado uso. Alguns aspectos básicos da qualidade da madeira são:

1. Densidade: A densidade representa a quantidade de madeira em determinado volume, está diretamente associada à resistência, retrações e estabilidade da madeira. É determinada pela quantidade de “poros” presentes na madeira.

2. Rigidez: A alta rigidez e o baixo peso são características que, em novos designs de móveis ou mesmo em “produtos engenheirados”, levam ao aproveitamento mais eficiente dos recursos.

3. Anisotropia: É a capacidade da madeira de sofrer mudança dimensional, ou seja, a capacidade de algumas características físicas mudarem de acordo com a direção da madeira.

4. Cerne e Alburno: Basicamente, o cerne é a parte central da madeira, geralmente mais escura, e o alburno é a parte mais nova e mais externa da madeira. Estão ligados à durabilidade da madeira ou mesmo à colagem. Afetam indiretamente a permeabilidade da madeira e causam alterações de comportamento na secagem, chegando a causar retrações e colapso em algumas espécies, sendo a permeabilidade do Alburno maior que a do Cerne.

5. Nó: O nó é a parte da árvore onde surgem os brotos laterais e as folhas, ou seja, um indivíduo pode ter vários nós. O efeito dos nós depende do seu tamanho, número, distribuição, característica (solto/vazado) e se associa ao desvio de grã (orientação dos elementos que constituem o lenho) e à madeira de reação. Também podem reduzir a resistência da madeira devido ao desvio de grã ao seu redor.

6. Madeira juvenil e medula: Nas coníferas (softwoods), a madeira em formação apresenta menor densidade, resistência e rigidez. Estas características tornam obrigatório o monitoramento, classificação e segregação da madeira quando utilizada para estruturas.

7. Bolsa de resina: É resultado de fogo, agressão mecânica e/ou biológica no "câmbio ativo" (um dos tecidos da árvore), estando também associada com nós. Cuidados nas operações florestais minimizam esse problema.

Para indústrias que utilizam a madeira para produção de produtos sólidos, o ideal são toras com mais de 35 cm de diâmetro. Assim, o rendimento é maior e confere mais qualidade ao produto final. Além do diâmetro, também é levado em consideração a umidade, toras recém-colhidas e com bastante água facilitam o desdobro e conferem maior qualidade no corte, reduzem as asperezas e melhoram a precisão dimensional. Outro aspecto importante é a idade, o ideal é matéria-prima com boa densidade para que se tenha resistência e fixação adequada de pregos e parafusos. Isso não é obtido em toras jovens.

• Como saber se uma madeira é de qualidade?

Basicamente é só saber o tipo da madeira. Deem uma olhada no nosso artigo “O que é madeira de lei?”, lá listamos as principais espécies de madeira que possuem alta qualidade e durabilidade.

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